segunda-feira, 23 de março de 2009

Um novo amanhã, vários novos conflitos.

Tudo estava indo bem. Indo bem até demais, por sinal. As manhãs pareciam ter cores saturadas, os cheiros estavam tão saborosos quanto os gostos. Sorrir era uma rotina. Assim foram as manhãs das quatro primeiras semanas de aula em meu último ano na escola. Escola essa que eu só me lembro de ter gostado em alguns poucos anos. Quem sempre foi de uma mesma escola deve saber do que eu falo: a fadiga vai tomando conta de tudo. Ver as mesmas pessoas todos os dias vai se tornando tão enfadonho que a última vontade nossa é voltar a este lugar.
Então chega o primeiro dia da quinta semana e a antiga rotina volta. Logo após o ritual matinal de energização ("sorria, ouça músicas felizes e espere que tudo seja bom"), aquela palavra me veio como um sequestrador de alegria: Oxe. Quer dizer, não foi exatamente a palavra, mas sim de quem veio e com a entonação usada. Existem golpes que parecem se potencializar vindos de algumas pessoas. Eu não poderia contar com isso vindo de alguém do qual eu nunca tinha direcionado alguma palavra, expressão ou mesmo OLHAR! Refiro-me a um colega de classe, desses que passa o tempo inteiro calado e ao fundo e anda de grupo, sabe? (quem não sabe?!)
Pois é, o pior é saber que esse grupo dele passou a usar essa mesmo palavra várias vezes no que tangia aos dois primeiros horários de aula.
Perdoe-me, leitor, de não ter explicado a razão da minha indignação até este parágrafo. Fiz propositalmente e espero que tenha alcançado o objetivo querido: dar alguma comicidade ao texto. "Oxe" é uma expressão normalmente usada por mim. Se para alguns é "aff", para outros é "êeeee disgraaaama(!)", pra mim é "oxe".
Voltando à história, depois do susto que eu tomei ao ouvir aquela palavra que eu tanto uso sendo falada com tom de escárnio de alguém que sequer teve a ombridade de dizer olhando pra mim me veio a dúvida: a)ignorar por completo; b)ficar com raiva e tentar evitar aquele grupo ou; c)responder à altura. Analisando as possibilidades numa fração de 1 segundo, optei pela letra C. Custaria menos energia e já seria um ótimo investimento para o futuro.
Foi então que me virei para este colega (o mais novo idiota da sala), toquei o ombro dele pra lhe chamar a atenção e disse, com o melhor tom de segurança que eu pude: bom, é meu jeito de falar, é a minha vida. Se você é tão pequeno que precisa diminuir os outros pra se achar melhor, procura outra pessoa porquê comigo não vai funcionar.
E então me sentei na carteira de costume, restaurando a mesma essência dos dias de antes nesse meu último ano de colégio. Ah! Nada mais sobre meu "ouxe" foi mencionado.

Moral da história: Guardar rancor pra quê? Experimente dizer o que te vier na cabeça. Preserve-se! Expulse tudo que não te fizer bem. Não aceite o que te irrita. REAJA!


Augusto Cury, copiou?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Post 1

Prefiro pensar que apresentações são dispensáveis a essa altura. Conheçam-me como .G., isso já é o suficiente. Sempre acho completamente dispensável aquelas descrições onde nós colocamos o melhor de nós em cada coisa. Características que apreciamos e não possuímos, de repente, viram nossas nessas descrições. Até os nossos defeitos são disfarçados com o mais adorável dos erros. Gosto que me conheçam afundo, pois fundo é o pensamento humano e profundas são as minhas reflexões. Ao fim, prefiro que cada um tenha sua conclusão sobre este autor.
Peço perdão se não me fizer entender aos primeiros momentos; querer rebuscar as palavras o máximo que ela podem ser rebuscadas é uma característica deste que vos fala e também me perco em demasia em meus próprios pensamentos. Escrever é quase um exercícios tântrico pra mim e, apesar de isso às vezes ser noçivo, me agrada muito.
Aos que chegaram a vir aqui e a ler estes três iniciais parágrafos, espero poder contar com o retorno a estas páginas e com a troca de pensamentos, pois só há crescimento se existirem idéias, conflitos e conclusões.
Até a próxima!